segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Apresentação sobre Herbert Marcuse

A Professora Doutora Marília Mello Pizani em sua palestra tomou como ponto de partida para a discussão sobre o filósofo Herbert Marcuse a biografia do autor, e no decorrer de sua fala ela demonstrou brevemente a teoria e a concepção de mundo de Marcuse.

Marcuse recebeu influência para a constituição de sua obra desde o seu nascimento em 1898 em decorrência de sua origem judaica. O período em que viveu foi muito rico em termos de acontecimentos históricos, o que veio a lhe influenciar de maneira significativa, já que viveu duas Guerras Mundiais, a Revolução Russa, a Guerra Fria e outra série de eventos como maio de 68 e uma seqüência de ditaduras que se instauravam pelo mundo a partir da década de 50.

Nasceu em Berlin, em 1898 e se formou em literatura em 1922, se tornando livreiro. Em 1928 mudou para Freiburg, onde começa a estudar filosofia e conhece Martin Heidegger de quem seria orientando.

Em 1933 ele terá contato com os manuscritos econômicos de Marx, que mais tarde servira de base para seu livro Razão e revolução onde mostrará a semelhança entre Marx e Hegel. No mesmo ano Marcuse se junta ao Instituto de Pesquisa Social, em Frankfurt, fazendo parte da segunda geração da escola de Frankfurt.

Com o surgimento do nazismo, em 1934 Marcuse emigra para os EUA e rompe as relações com Heidegger, até então seu orientador, devido a simpatia que Heidegger começou a expressar pelo o nazismo. Já nos EUA, Marcuse se torna professor da Universidade de Columbia, e em 1941 é admitido no departamento de serviços secretos, onde permanece até o início da década de 50. Após este período publica Eros e civilização, onde a partir dos conceitos freudianos como Eros – o conceito de pulsão de vida - cria o modelo de uma sociedade não-repressiva.

Em 1960, com base no conceito de Indústria Cultural de Adorno e Horkheimer, Marcuse publica A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional, neste livro ele aborda o declínio das potencialidades revolucionarias e as novas formas de controle social nas sociedades avançadas, não fazendo distinção de capitalismo e socialismo. Este livro influenciará os movimentos sociais e maio de 68.

A partir da década de 60 Marcuse se envolvera com diversos movimentos sociais, como o estudantil, os panteras negras e as feministas, e manterá esta relações até a sua morte em 1979.

Comentário de Gabriel Brêtas e Edgar Fonseca.

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